Imigração, Segurança e Política: PSD critica PS por gestão irresponsável

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Em meio ao clima de campanha eleitoral, a gestão da imigração em Portugal voltou ao centro do debate político. O Partido Social Democrata (PSD) acusou, nesta sexta-feira, o Partido Socialista (PS) de ter colocado em risco a segurança nacional com as decisões tomadas durante o período em que esteve no Governo.

A crítica foi feita por Carlos Coelho, vice-presidente do PSD, durante uma declaração à imprensa na sede nacional do partido, em Lisboa. Segundo o dirigente social-democrata, a anterior gestão socialista terá permitido a entrada de cerca de 120 mil imigrantes sem qualquer verificação de antecedentes criminais, como revelou uma notícia do Jornal de Notícias publicada no mesmo dia.

Para Carlos Coelho, esta alegada falta de controlo representa não apenas uma ameaça à segurança nacional, mas também compromete o princípio do humanismo com que Portugal deve acolher quem entra legalmente no país. “O PS é responsável por uma gestão completamente irresponsável da imigração”, afirmou. “Não é exagero dizer que essa postura colocou em causa a segurança nacional e o bom acolhimento aos imigrantes.”

O social-democrata defendeu as medidas tomadas pelo atual Governo da Aliança Democrática (AD), sublinhando que, em apenas onze meses, foram introduzidas novas regras que regulam a imigração de forma mais segura e humana. No entanto, Coelho lamentou que os avanços não tenham sido mais profundos devido à oposição do PS e do Chega em matérias-chave como a criação de uma unidade de estrangeiros e fronteiras na PSP e a implementação de um regime mais célere para o afastamento de imigrantes em situação irregular.

“Uma política de imigração responsável deve equilibrar dois pilares: facilitar a imigração legal e combater a irregular”, defendeu Carlos Coelho, ao lançar um desafio direto aos partidos da oposição. “Queremos saber se PS e Chega manterão, na próxima legislatura, a oposição à criação desta nova unidade da PSP e a um sistema de afastamento mais eficaz.”

Questionado sobre o posicionamento mais recente do PS — nomeadamente a crítica ao atual modelo de manifestação de interesse e o apoio a uma maior regulação dos fluxos migratórios — Coelho reconheceu que há uma aproximação ao modelo defendido pelo atual Governo. “É um sinal positivo”, comentou, “mas ainda insuficiente. Precisamos de ações concretas.”

O vice-presidente do PSD não deixou de apontar o que considera serem incoerências no discurso socialista. Respondendo às críticas feitas por Mariana Vieira da Silva, do PS, sobre o alegado “desaparecimento” do Governo diante dos encerramentos de urgências no fim de semana da Páscoa, Coelho ironizou: “Nas últimas semanas, o PS acusava o Governo de estar demasiado presente na campanha. Agora dizem que está em falta. Afinal, em que é que ficamos?”

A disputa política em torno da imigração e da segurança promete continuar a marcar o debate público nas próximas semanas, especialmente num contexto eleitoral em que as posições sobre estes temas se tornam cada vez mais determinantes para os eleitores.

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