Quem está formado hoje no Brasil, tem uma formação, uma graduação, um curso superior, um mestrado, um doutorado, planeja vir a Portugal para trabalhar, o que precisa?
Primeiramente, precisará de um visto de residência ou um documento que o permita obter um título de residência para residir em Portugal. Quem vem então, em primeiro momento, tem que ter a documentação que o permita trabalhar, que o permita residir em Portugal.
Não obstante isso, precisa também entrar em contato com a sua ordem profissional no Brasil, se estiver inscrito em uma, no caso, por exemplo, de médicos, dentistas, engenheiros, advogados, e verificar se existe algum convênio bilateral entre a ordem brasileira e a ordem portuguesa que o permita exercer em Portugal, como ocorre em caso dos advogados que, após inscritos na OAB brasileira, podem vir a se inscrever na ordem dos advogados portuguesa para trabalhar em Portugal.
Isto é um acordo de reciprocidade que existe desde 1967, é um dos mais antigos acordos que existem entre Brasil e Portugal, e evidentemente, não é uma coisa que vai acabar no mês que vem, como já vi canais dizerem na internet. Isto é só para criar alarme e fazer com que uma ou outra pessoa desesperada acabe investindo nesta inscrição sem ter realmente o intuito de trabalhar em Portugal. Não é esse o caso.
Quem venha exercer a sua profissão em Portugal tem que saber que pode ter que se inscrever na ordem competente que regula essa profissão no país. Se for um cirurgião dentista, terá que estar inscrito na ordem profissional, e evidentemente, para realizar essa inscrição, pode vir a ter que realizar a equivalência acadêmica ou o reconhecimento acadêmico dos seus títulos. Isto varia de caso para caso, mas, via de regra, no ramo da saúde é necessário realizar esta equivalência, é necessário realizar, no mínimo, o reconhecimento, porque são duas coisas distintas. A equivalência é um nível maior, de reconhecimento ou de validação, que o mero reconhecimento.
Além de realizar essa inscrição profissional, deverá abrir uma atividade profissional independente. Em muitos casos, os profissionais autônomos que no Brasil podem prestar o serviço somente estando inscrito na ordem profissional, em Portugal, além de estar inscrito na ordem profissional, necessita estar com a atividade declarada nas finanças para poder iniciar a prestação de serviços.
Isto é muito importante ter em mente, porque muitos desses profissionais, para obter um visto, como o visto de residência para o profissional independente, que é o visto D2 também, mas é para profissionais independente, como por exemplo, para você que é médico, dentista, advogado, quer vir para Portugal, você vai precisar, além de estar inscrito na ordem profissional, desta atividade independente aberta nas finanças.
Obviamente que, e isto já é uma opinião minha, você precisa ter também um caixinha, precisa ter uma poupança para lhe ajudar a se manter no país na chegada, que é onde você vai ter mais gastos, mas também, pelos meses que virão, pelo menos por uns 6 meses ou 1 ano até que o seu negócio comece a gerar frutos, porque isto é natural para qualquer mudança, mesmo que você faça dentro do seu país, de uma região para outra região do seu país, você vai estar começando seu negócio do zero, e a menos que você já venha com uma contratação certa e garantida, pode ser que você tenha dificuldades de se inserir no mercado de trabalho.
De qualquer forma, estes são os passos para um profissional formado no Brasil vir residir em Portugal e poder exercer a sua profissão em no país. Não é algo impossível.
Para mais informações como esta acesse wwwdiariodacidadania.com e desejamos a todos força e boa sorte!