Abandono voluntário e afastamento coercivo: o que muda com a nova posição do governo?

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Uma fala recente do Ministro da Administração Interna, Leitão Amaro, trouxe luz sobre um tema que afeta diretamente muitos imigrantes em Portugal: o processo de afastamento de estrangeiros em situação irregular. Mas o que exatamente isso significa? E como funciona na prática?

O que é o abandono voluntário?

Imagine que uma pessoa está ilegalmente em Portugal. Antes de ser forçada a sair, ela recebe uma notificação formal para abandonar o país voluntariamente. Isso significa que o governo dá um prazo para que a própria pessoa organize sua saída, sem o uso de força ou escolta.

Essa etapa é importante porque ainda garante autonomia e dignidade ao imigrante. E muitas vezes, há apoio logístico ou financeiro oferecido por organizações como a OIM (Organização Internacional para as Migrações) para facilitar esse retorno.

Mas o que acontece se a pessoa não sai dentro do prazo? Aí começa uma nova fase.

E se não houver saída voluntária?

Se a pessoa ignorar o prazo e continuar em território português, o Estado inicia um processo chamado afastamento coercivo. Em outras palavras: o governo passa a ter autoridade para retirar essa pessoa do país à força, sempre respeitando os direitos fundamentais.

Segundo o ministro, esse processo:

  • É administrativo, mas com fases executivas (ou seja, práticas).
  • Pode contar com parceiros internacionais, como a Frontex, agência de fronteiras da União Europeia.
  • Garante direito de defesa, como:
    • Direito de ser ouvido
    • Direito a recorrer judicialmente
    • Proteção especial para menores
    • Fiscalização pela IGAI, a Inspeção-Geral da Administração Interna

Como isso te afeta?

Se você está em Portugal de forma irregular ou conhece alguém nessa situação, é fundamental entender que o processo não acontece de surpresa. Existe notificação, direito a defesa e possibilidade de apoio ao retorno.

Mas o governo quer acelerar esse tipo de procedimento. O ministro falou sobre tornar o sistema mais eficiente com:

  • Mudanças na competência de quem conduz os processos
  • Centros de instalação temporária
  • Um regime mais ágil

Ou seja: o tempo para regularizar a situação pode estar ficando mais curto, e o risco de ser removido do país, maior.

Em resumo:

  1. Primeiro vem o convite ao abandono voluntário.
  2. Se ele não for cumprido, começa o afastamento coercivo, com possíveis escoltas policiais e apoio de agências internacionais.
  3. Tudo isso deve respeitar direitos humanos e garantias legais — mas está sendo preparado para ser mais rápido e efetivo.

🔍 Fique atento: Se você ou alguém próximo está irregular, busque orientação legal e conheça seus direitos antes que esse processo avance.

📤 Compartilhe este conteúdo com quem pode estar nessa situação. Informação pode ser o primeiro passo para evitar problemas maiores.

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