Rede criminosa de auxílio à imigração ilegal desmantelada em operação policial

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Treze indivíduos, com idades entre 26 e 64 anos, foram detidos na última terça-feira por suspeita de integrarem uma organização criminosa dedicada ao auxílio à imigração ilegal. Nenhum dos detidos, entre os quais se encontram empresários, uma advogada e uma funcionária superior do Ministério dos Negócios Estrangeiros, possuía antecedentes criminais.

Durante a operação, realizada em várias localidades — incluindo Coimbra, Espinho, Carregal do Sal, Amadora, Odivelas, Loures e Lisboa —, foram efetuadas 40 buscas que resultaram na apreensão de 11 viaturas, cerca de um milhão de euros em dinheiro vivo, duas presas de marfim pesando cerca de 50 kg e equipamentos utilizados na falsificação de documentos oficiais. Um dos itens apreendidos foi um selo branco oficial, localizado numa empresa que validaria milhares de certificados de registo criminal de estrangeiros. Esse selo seria proveniente do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Além das apreensões materiais, foram arrestados seis imóveis — dois prédios rústicos e quatro urbanos, incluindo uma moradia e três apartamentos — e congeladas 35 contas bancárias.

A investigação, iniciada em 2023, apurou que os suspeitos operavam um esquema lucrativo de regularização fraudulenta de imigrantes, muitos dos quais nunca chegaram a viver ou trabalhar em Portugal, apesar de constarem como residentes legais. Os envolvidos cobravam elevados valores por um “pacote” de serviços que incluía contratos de trabalho falsos, obtenção de Número de Identificação Fiscal, Número da Segurança Social, inscrição no Serviço Nacional de Saúde, além da tradução e certificação de documentos e abertura de contas bancárias.

A operação, batizada de “Gambérria”, foi conduzida em colaboração com o Ministério Público e envolveu dois juízes, uma procuradora e representantes da Ordem dos Advogados.

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