Imigração em Debate: A resposta de Ventura ao Novo Protocolo do Governo

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No dia 01 de abril, o líder do partido Chega manifestou-se contra o novo Protocolo de Cooperação para a Migração Laboral Regulada, celebrado entre o Governo português e organizações patronais. Para André Ventura, este acordo vai abrir caminho para “uma imigração excessiva e ilegal”, além de fomentar “redes clandestinas” e a criação de “contratos laborais fictícios”.

Durante uma intervenção no Parlamento, numa sessão com jovens que contou apenas com a cobertura da comunicação social nos primeiros 30 minutos, Ventura afirmou que a proposta do Executivo vai “ampliar a imigração sem necessidade, permitir o avanço de máfias que exploram o sistema e aumentar situações como as encontradas em algumas freguesias de Lisboa e Porto, onde dezenas de pessoas vivem em espaços exíguos”.

O dirigente do Chega criticou ainda o que considerou uma ausência de controle sobre os fluxos migratórios: “Basta percorrer o país para se perceber que há uma entrada desordenada de estrangeiros. Em vez de controlar, o Governo quer facilitar o processo, criando um acesso rápido à imigração”, acusou.

O protocolo, que foi oficialmente assinado no mesmo dia, pretende acelerar o processo de concessão de vistos, estipulando um prazo máximo de 20 dias após o atendimento no consulado, desde que os candidatos apresentem documentação válida, incluindo contrato de trabalho e seguros obrigatórios.

Ventura, contudo, reforçou que o país precisa de uma abordagem mais rígida: “Portugal necessita de um executivo firme em relação à imigração, que imponha regras e limites. O Chega, por exemplo, propõe a implementação de cotas para controlar a entrada de estrangeiros”.

Na sua avaliação, o atual primeiro-ministro demonstrou uma aproximação às ideias defendidas pelo Chega, mas agiu com moderação, tentando agradar eleitores conservadores com medidas simbólicas.

Durante o seu discurso, Ventura reafirmou o compromisso do partido de voltar a propor, na próxima legislatura, a expulsão de imigrantes condenados por crimes, após o cumprimento da pena.

Ele também aproveitou o momento para apelar ao voto jovem nas eleições marcadas para 18 de maio, destacando que muitos o consideram “perigoso”, mas, segundo ele, isso ocorre porque “faz o que precisa ser feito para mudar o país”.

Sobre o panorama político, referiu que as sondagens indicam uma possível maioria entre o Chega e o PSD, mas alertou para um “novo ciclo crítico”, semelhante ao cenário de março do ano anterior. Ventura declarou que, para garantir uma mudança efetiva, o Chega precisa ultrapassar a Aliança Democrática (AD) nas próximas eleições.

Concluindo, criticou a convergência entre PSD e PS, acusando ambos os partidos de manterem políticas ineficazes nas áreas da imigração, habitação, segurança e emprego, e reforçou que a sua meta é conquistar o protagonismo no campo político da direita.

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