O visto D7 é para pessoas que recebam renda em outro país e venham viver desta renda em Portugal. Se você é aposentado, se você tem royalties de venda de livros que você escreveu, se você tem empresas, casas alugadas, participações em empresas, qualquer forma de recebimento de valores que estão declarados em impostos, porque isto é importante, tem que estar declarado em impostos. Valores que estejam declarados em impostos, você pode requerer o visto D7 para viver em Portugal, porque o governo português, quando idealizou este tipo de visto, idealizou para pessoas que iriam viver de rendimentos, oriundos de outro país, mas que não necessitassem da presença física destes para que esses rendimentos fossem mantidos, fossem enviados.
Quem trabalha com marketing digital no Brasil, recebe algum rendimento, vende alguma coisa online, declara este valor e quer vir morar em Portugal, é possível?
É possível, lembrando a questão dos impostos, lembrando também que você não pode estar em Portugal abrindo uma empresa, prestando o mesmo serviço, porque daí a ideia não seria o D7. É preciso viver dos rendimentos que vêm de fora, porque é uma forma do governo português de trazer divisas para o país, trazer dinheiro para o país.
Na mesma situação, vem a seguinte pergunta: o visto D7 permite que você trabalhe?
A resposta mais lógica seria que não, mas este visto não limita, não diz que você não pode trabalhar, logo, teoricamente você pode. É evidente, se você vai requerer um visto D7 com a intenção de trabalhar em Portugal, mesmo que seja legalmente possível, talvez não seja o moralmente adequado.
Digamos que o intuito do Fábio com o Subway no Brasil era pedir um D7 para montar em Portugal, poderia ter pedido um D2, já tem aberto o Subway e teria vindo com o visto adequado para o que queria fazer. O que ocorre é a sensação de que o visto D7 é mais simples do que o visto D2, porque o visto D2 é um pouco mais burocrático.
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