Na última década, a população portuguesa perdeu mais de 200 mil pessoas, considerando que deveria ter crescido em 10 anos a população, consistindo no déficit de 200 mil pessoas. Deste modo, o resultado divulgado no dia 28 de julho pelo Instituto Nacional da Estatística foi chocante. Teve uma redução em Portugal de 214.286 pessoas no território português, entre 2011 e 2021. Destas pessoas, muitos emigraram.
Emigrar é sair e imigrar é entrar, tratando-se de situações distintas. Importa observar que esta redução de população ocorre no ano em que, inclusive, foi constatado que 600 mil imigrantes, estrangeiros, vivem em Portugal legalmente, sem contar aqueles que vivem no país sem ter o status legal conferido pela AIMA, pessoas que estão ainda em regularização de permanência, isto é, ilegais. Estas pessoas acabam constando nos dados da pesquisa do senso, e mesmo consideradas, acabam por chegar a este resultado de uma redução da população.
O que diz o governo?
O governo se pronunciou através da ministra da Coesão Territorial, a qual afirmou que Portugal precisará de imigrantes, e de um modo geral, vão conseguir entre os diversos países do mundo, sempre lembrando que trata-se da imigração legal.
A imigração irregular existe, mas não é por este motivo que será facilitada. É preciso sempre ter atenção de que Portugal quando se propõe a incentivar a imigração, propõe ferramentas legais, que permitem talvez a facilitação da concessão de vistos, como ocorreu com a Portaria 111, no caso dos estudantes, e situações que incluem, inclusive, acordos com outros países, como o que foi concluído entre Portugal e demais países da CPLP, que visa atrair pessoas e aumentar a circulação das pessoas destes países.
De um modo geral, o que Portugal quer é estreitar os laços com os países dos lusófonos, porque são os que têm maior semelhança cultural, linguística e é perceptível que conseguem se integrar melhor na sociedade portuguesa.
Será que Portugal não ficará cheio de imigrantes?
Embora muitas pessoas tenham esta dúvida, o facto é que não ocorrerá grande êxodo de outros países para que as pessoas entrem em Portugal.
De facto, nem todas as pessoas que vivem no Brasil, ou Angola ou em Cabo Verde, ou na China, têm interesse em viver em Portugal, mas é evidente que aquelas que tem interesse vão ser as mais beneficiadas com estes acordos que vem a facilitar e a agilizar o processo, por exemplo, de concessão de visto, sem contar que pode-se esperar de leis internas de Portugal também uma maior agilização no processo legal.
Quando uma pessoa vem a turismo e permanece em Portugal, faz um procedimento irregular e por isso acaba tendo demora maior para conseguir o mesmo resultado que uma pessoa com visto consegue em 2 ou 3 meses.
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